A greve dos metroviários, ferroviários e motoristas de ônibus na França deixa o sistema de transportes públicos em situação caótica e coloca Sarkozy à prova.
Milhões de pessoas enfrentam os transtornos para chegar ao trabalho, e há excesso de veículos nas ruas causando centenas de quilômetros de congestionamento nas estradas que ligam a periferia à capital de Paris. Os sindicatos estão protestando contra a reforma de seu regime de aposentadorias especiais, proposta pelo presidente Nicolas Sarkozy. Os trens regionais circulavam em ritmo de conta-gotas por toda a manhã E linhas dos subúrbios foram canceladas, sendo que apenas 12% dos TGVs - os trens de grande velocidade -, estavam circulando. Em Paris, só 20% dos trens do metrô e 15% dos ônibus funcionavam normalmente, mas o Eurostar - que liga a França à Grã-Bretanha - não foi afetado pela paralisação. Em outubro, dia 18, houve uma paralisação mas está é diferente, é por tempo indeterminado. Há quem já compare esta paralisção com a de 1995, que deixou a França sem transportes durante várias semanas, em razão do mesmo motivo: a reforma dos regimes especiais de aposentadoria desses servidores.
Palavra do governo
O ministro do Trabalho daquele país, Xavier Bertrand, se reúne com sindicatos da categoria na manhã desta quarta-feira para tentar encontrar uma solução para o impasse. Metroviários e os ferroviários protestam contra a reforma que prevê o aumento do tempo de contribuição dos atuais 37,5 anos para 40 anos de trabalho.
A palavra do governo é que: às negociações deven ser abertas, mas vem reiterando que esse ponto da reforma “não está aberto a discussões”.O presidente Nicolas Sarkozy, quer equiparar o sistema de aposentadorias especiais da categoria ao dos outros servidores públicos, que - depois de outra reforma aprovada em 2003 - passaram a ter de trabalhar 40 anos antes de se aposentar, como no setor privado. Os grevistas não comtam com o apoio da população que acha greve descabida. [Francisco Martins - Especial de Paris]
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