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quarta-feira, 11 de julho de 2007

Paulicéia mais monitorada


O Big Briother das ruas chega à São Paulo, onde as principais ruas da cidade serão monitoradas, algo que deverá ser seguido por vários estados do País que com contará com 1,3 milhões de câmeras espiâ.

A Guarda Civil Metropolitana (GMC) vai aumentar seus pontos de monitoramento
de ruas via câmera em São Paulo. A cidade já possui 35 câmeras e passará a
contar com 99 até o final do ano. O sistema começou a funcionar em agosto do
ano passado, mas a onda do chamado "monitoramento urbano" está presente
desde 1980 e teve inicio nas cidades da Inglaterra. Hoje, o país conta com
1,3 milhão de câmeras. Já no Brasil, antes do sistema ser utilizado em propriedades privadas, o monitoramento em centros urbanos teve início em 2003, com um projeto
implantado no Rio de Janeiro situado na região de Copacabana. Os aparelhos
foram espalhados pelos principais pontos e também em algumas unidades móveis
na área da orla marítima. A região é muito freqüentada por turistas,
principais alvos de assaltos, seqüestros e furtos. O projeto se mostrou
muito satisfatório e aumentou a sensação de segurança nos locais, e
conseqüentemente, as câmeras passaram a fazer parte de outros pontos da
cidade do Rio de Janeiro.

O interessante do projeto, foi que a Polícia do estado utilizou, também,
policiais deficientes, que estavam inativos ou que realizavam serviços
administrativos para efetuar o monitoramento. Em São Paulo, a Policia
Militar ajudou na pesquisa para indicar os principais pontos da cidade. O
monitoramento vai priorizar as regiões de maior concentração de pessoas,
comércio, bancos, criminalidade e ambulantes. Entre as regiões que vão
possuir o monitoramento estão: Avenidas Paulista, Doutor Arnaldo, 23 de Maio,
Rebouças/Consolação, Senador Queiroz, a Rua José Paulino, a Baixada do Glicério, a Praça Júlio Mesquita, o Largo Coração de Jesus, o Parque Trianon e o Largo do Arouche. Para adquirir infra-estrutura de monitoramento de câmeras a GCM vai
inaugurar uma nova sede que está sendo construída na Rua General Couto
Magalhães, na região da Cracolândia, no Centro da Capital. Patrocinadas pela
Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), as novas câmeras custarão R$ 3,8
e possui raio de visão de 360 graus e alcance para a captação de imagens
chega a um quilômetro. Hoje, todas as câmeras instaladas estão no centro de
São Paulo, parte delas estão situadas na região da 25 de março.

A iniciativa se mostra muito oportuna, mas é fato que a presença física do
policial ainda é mais segura. O crescimento de instalações de câmeras para o
"monitoramento urbano" em São Paulo pode gerar problemas para o cidadão,
pois nem sempre lugar seguro é lugar com câmera. O sistema deve complementar
o serviço policial, ou seja, isso só vai funcionar se houver cooperação. Não
adianta achar que as câmeras são suficientes para acabar com a
criminalidade. Os ladrões, seqüestradores e similares, apenas vão mudar os
locais dos crimes.

{Jean Carlos Batista de Lima / Jefferson Esterque - Especial AgênciaFM}

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