
Um acordo entre o principal “triângulo” que negocia os objetivos da Rodada Doha ainda parece distante nesta quinta-feira, primeiro dia da reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra. Na “hora da verdade”, expressão usada pelo diretor-geral da organização, Pascal Lamy, para descrever o encontro, Estados Unidos, União Européia e o grupo dos países emergentes voltaram a cobrar avanços um do outro antes de concordar com a abertura de seus próprios mercados.
G-20, grupo de países emergentes liderados pelo Brasil e pela China, declarou nesta quinta-feira, 29, que o acordo ainda não está à vista, em razão da resistência dos países desenvolvidos em reformar suas políticas agrícolas e abrir seus mercados às exportações dos países em desenvolvimento”. Para que as negociações avancem, cada lado do “triângulo” deve concordar em fazer concessões: os europeus, reduzindo suas tarifas de importação no setor agrícola, os americanos cortando o volume de seus subsídios ao produtor, e os emergentes permitindo mais acesso externo aos seus mercados de produtos industrializados e de serviços. O comissário europeu para o Comércio, Peter Mandelson, disse que o grupo dos 25 poderia caminhar na direção da proposta do G-20, de cortar em média 54% das tarifas agrícolas nos países industrializados. Mas França, Áustria e Suíça rejeitaram esta possibilidade.
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