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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Oskar Kokoschka - é a 18* obra-prima do mundo

Tela com turvo fulgor do último dos românticos figura entre as 20 obras-primas mais belas desde a existência da pintura.

Austríaco formado em Viena nos anos de secessão, ele reage à requintada decadência, lenta e exaurida, que ligada a instituições políticas antigas em processo final, ele se deixa morrer com elas. Oskar liga-se aos pintores alemães de Brücke, e se volta aos impressionistas, melhor, ao Expressionismo, presente em seus primeiros anos pictóricos, vão cedendo aos pouco ao impressionismo. Um Impressionismo não mais perspectivo.
Deixou à Áustria e passou fixou residência em Londres com sua pintura cheia de aspectos de todo o mundo, onde deixa transparecer uma paixão pela vida. Chamonix, Monte Branco, 1927, Nesta paisagem impressionista, feita com pinceladas rápidas, dispersa por todas as partes e esvoaçante. Cores puras como verde-esmeralda, carmim, azul-cobalto e o amarelo, permeiam a imensidão da montanha, que logo chama atenção por dominar a aldeia abaixo.

Sem dúvida, Kokoschka é o último dos românticos, nessa tela tem em mente ainda a poética. Cordilheiras cobertas de bosques, que erguem-se de forma veloz em direção às neves. Paralelas e resplandecentes, fundos de ícones bizantinos como uma referência a El Greco. Chama atenção as curtas frases pictóricas, que logo são interrompidas, e logo são retomadas como em uma repetição de ecos. São poucos os rasgos de azul sobre o tom castanho do cume que tingem o já escuro vale. Se utiliza de verde sombrio para criar os bosques e vermelho dos telhados se encontra solto em toda parte e em toques avulsos, sugerindo que: no calor da noite a natureza devesse desintegrar meio a um caos de animação.

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