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sábado, 28 de janeiro de 2012

Bonecas Karajá fazem parte do patrimônio cultural brasileiro

Uma referência cultural nas aldeias indígenas, as bonecas Karajá passaram a ser parte do patrimônio cultural do Brasil.

O artesanato das bonecas, muitas vezes, é a única ou a mais importante fonte de renda das famílias. A confecção das figuras de cerâmica - chamadas na língua nativa de ritxòkò (na fala feminina) e ritxòò (na fala masculina) - envolve técnicas tradicionais transmitidas de geração a geração.

A atividade exclusiva das mulheres é desenvolvida com o uso de três matérias-primas básicas: a argila ou o barro - suù; a cinza, que funciona como antiplástico; e a água, que umedece a mistura do barro com a cinza. As ritxòkò têm significados sociais profundos, reproduzindo o ordenamento sociocultural e familiar dos Karajá.

Com motivos mitológicos, de rituais, da vida cotidiana e da fauna, as bonecas Karajá são importantes instrumentos de socialização das crianças que se vêem nesses objetos e aprendem a ser Karajá. A proposta, aprovada na última quarta-feira (25), foi apresentada ao Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) pelas lideranças indígenas das aldeias Buridina e Bdè-Burè, localizadas em Aruanã, Goiás, e das aldeias Santa Isabel do Morro, Watau e Werebia, localizadas na Ilha do Bananal, no Tocantins, com anuência de membros das aldeias Buridina, Bdè-Burè e Santa Isabel do Morro.


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