Exposição croata exibe mítico navio Galeb que serviu ao ditador Tito
LISBON - PORTUGAL - Exposição com exibição de trabalhos artísticos que foram banidos pelos regimes autoritários do século XX, tira do esquecimento um símbolo poderoso do glamour socialista: o navio Galeb, famoso por seus serviços presidencial ao ex-ditador iugoslavo Josip Broz Tito.
A exposição procura um contraponto da arte que o país representa, e "Em uma Parada", está instalada a bordo do navio de 117 metros cujo nome significa gaivota em croata.
Cerca de 200 itens multimídia, como fotos, pôsteres, livros, revistas e gravações de áudio e vídeo de cerca de 60 artistas sobretudo da antiga Iugoslávia, mas também de países da Europa central, antiga União Soviética e Japão, são expostos em três dos cinco deques do navio.
A exposição, inaugurada em 4 de junho e em cartaz até este fim de semana, cobre o período da fundação do futurismo - um movimento artístico internacional que rejeitou o romantismo e celebrou a tecnologia -, em 1909, à queda do Muro de Berlim, em 1989. Os trabalhos, que pertencem à coleção privada de arte de vanguarda de Marinko Sudac, criados como oposição aos regimes totalitários.
O navio foi usado para entreter mais de 100 líderes mundiais como Nikita Khrushchev, Muamar Kadhafi e Indira Gandhi, ou estrelas do cinema, como Elizabeth Taylor e Richard Burton, o Galeb agora é um casco enferrujado. Em 1953, quando Tito navegou o Tâmisa para encontrar Winston Churchill, na primeira visita à Grã-Bretanha de um chefe de Estado comunista, o navio chamou atenção do mundo.
Algumas partes da embarcação são abertas ao público, inclusive os quartos usados por Tito e sua esposa, Jovanka, uma sala de conferências e as cabines dos convidados.
Mais história
Originalmente construído para transportar bananas, o navio Galeb fora convertido em um cruzador auxiliar pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial.
Afundado pelo bombardeio aliado em Rijeka, em 1944, foi recuperado e consertado para se tornar o navio presidencial de Tito. Ao término da antiga Iugoslávia, um empresário greco-americano o levou de Montenegro para Rijeka. A cidade o comprou em 2009 depois de ser proclamado parte do patrimônio cultural da Croácia. (Luiz mendes - Especial Agência FM)
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