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quarta-feira, 27 de maio de 2009

A primeira exposição em São Paulo

A primeira exposição de São Paulo, foi denominada de Exposição Provincial e ocorreu em um dos lugares mais impróprios.

Sob responsabilidade da Associação Comercial e Agrícola de São Paulo, acontecia a primeira exposição no Estado, em 25 de janeiro de 1885, e marcava o inicio das atividades da Associação Comercial recém fundada cuja diretoria faziam parte as mais representativas figuras do Comércio e da indústria, como conselheiro Antonio prado, Eduardo Prates e Manuel L. de Oliveira.


A organização da 'mostra'ficou por conta de Duarte Rodrigues J. Ferreira dos Santos, Francisco de Oliveira silva e Coronel Antonio Proost Rodovalho [foto], cabendo este último a presidência." Os comentários, notícias veiculadas pelos jornais davam como um extraordinário evento na vida de uma pacata cidade. A desorganização era tanta que, um jornal notificou: Uma exposição americana, feita a murros e empurrões.
A disposição dos objetos era tosca, mal ordenada. Fotografias, tijolos, desenhos, malas, tudo em agrupamento casual que revelava a falta de experiência e tempo para a produção do evento. "Desde a escada que conduz ao vestíbulo há diversas plantas ao adorno, como abóboras colossais (sic), há diversas plantas da chácara japonesa dispostas em degraus. As vitrinas com ferragens, de Fabian Elichalt, e outra com as ferragens de Augusto Adriano, de Mogi Mirim; graxas de uma fábrica de Piracicaba, de José da Silva, peneiras de arame de fabricantes de limeira-SP. uma caixa pesando 250 quilos continha dentro uma coroa de bronze da fábrica Faber & Filhos que, depois da exposição seria remetida ao monumento de Garibaldi, na Itália. Também fazia parte da mostra as tradicionais malas em madeira e zinco da fábrica dos Silva Capela.

O discurso de abertura coube ao conselheiro Antonio Prado, cujo notável discurso foi peça para estudiosos das coisas do passado encontram elementos da maior importância na história social política e econômica que ocorreriam depois. Preocupações como, a luta pela república, a substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre, "melhor do que produzir muito, seria produzir menos e ganhar mais". Em seu discurso Antonio Prado disse: "não nos envergonhariam pela sua qualidade nas mais importantes exposições dos povos cultos", referindo-se aos produtos agrícolas da exposição.A exposição, além dos exóticos objetos citados, na maioria do espaço continha sacos de café que somavam 300. No referido dia 25, não foi possível apresentar tudo que dispunha.

Assim, só no dia 1° de fevereiro pode oferecer ao público um outro importante aspectos das atividades industriais. Uma área de 160 metros, a Fábrica de Ferro Ipanema, aberta aos visitantes, haja vista que a biblioteca da Faculdade de Direito retornara a sua verdadeira vocação: cemitério Bibliográfico. Segundo jornais da época, no primeiro dia (inauguração), chogou-se a um número muito acima das espectativas, hum mil visitantes.[ Francisco Martins]

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