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sábado, 19 de julho de 2008

Arte no Subterrâneo portenho



Por Francisco Martins / fotos: Marcelo Contreras /Agência FM

Com quase cem anos o metrô argentino é um roteiro indispensável pelo seu vasto acervo cultural disponibilizado ao povo em grandes painéis nas estações do Subte.

A arte levada ao povo nas estações de metrô da capital portenha, Buenos Aires, de forma plural e nas mais variadas escolas e técnicas encantam não somente aos que gostam de arte, mas também aqueles que se interessam em preservar a história. Pinturas do início da civilização argentina, seus ícones como Carlos Gardel e outros músicos que fizeram a história e a tradição do tango no país estão imortalizados nas paredes das estações Plaza de Mayo, Plaza Miserere e Rio de Janeiro, por exemplo. Nunca no mundo tantos artistas se aglomeram nas entradas de metrôs uma espécie de vitrine para seus espetáculos circenses, teatral e musical que são bem equacionados pelas praças próximas aos cafés e teatros. A arte é sentida no ar, nos imponentes prédios e nos parques públicos de Buenos Aires. Quem for a cidade e quiser admirar artes fora dos ótimos museus portenhos; um passeio pelas estações de Metrô funciona como um guia das manifestações culturais do país.
A arte está à espera do povo

A intenção de levar arte ao público data de muito tempo e não foi invenção dos argentinos. Mas, sem se importar com um retorno imediato; mesmo que o público usuário do Metrô momentaneamente não esteja disponível a observá-la ela resiste as intempéries e fica a espera do momento certo. Esse é um dos modos mais eficazes de levar arte e cultura à população, e parece que os governantes argentinos encontraram nos modos europeus como incentivar o senso artístico em local de passagem onde o tempo é fator determinante. As estações pré-centenárias recebem este tipo de manifestação artística praticamente desde sua inauguração, em 1 de dezembro de 1913, o que faz do Metrô argentino o mais antigo da América do Sul. A arte está lá e lá permanecerá pois mais cedo ou mais tarde as manifestações artísticas ali impressas chamarão atenção dos usuários do subte. O importante é que a arte esteja no caminho do povo e quando o povo quiser observá-la estarão lá. A arte nos trilhos argentinos formam uma das maiores galerias do mundo, ficando atrás somente da galeria de Estocolmo, na Suécia. Muitos entram e não notam que seus antepassados e os princípios da civilização argentina que encontra-se ali retratada.

Pontos a se visitar
Passando pela rua Lavalle logo se tem acesso a avenida 9 de Julio, onde encontra-se o Obelisco, soberano observando a cidade em seus 67m de altura. Entremos na rua San Martin até a Plaza de Mayo, um pouco antes encontra-se um imponente edifício em estilo colonial, praticamente o único de Buenos Aires. A construção chamada de ‘El Cabildo’, onde está o museu que possui artefatos históricos. Logo à direita está a Catedral onde estão os restos mortais do general San Martin, herói argentino. Dá-se a volta na Plaza de Mayo e chega-se a Bolívar com Alsina, e encontra-se a Igreja San Ignácio e pode-se refletir dentro da igreja mais antiga de Buenos Aires, que data de 1675. É hora de conhecer um dos mais antigos cafés da argentina, o Cabildo de Buenos Aires. Localizado na esquina da rua Peru com Hipólito Irogoyen, o café oferece happy hour e uma sofisticada decoração no andar superior. Ali perto encontra-se também o Café Tortoni, na Avenida de Mayo, declarado "Lugar Histórico Nacional" pelo decreto lei nº 437/97. O café foi inaugurado há mais de 150 anos e pessoas importantes, artistas e escritores deram vazão ao glamour de sua elegante decoração art nouveau. Tem fila logo na porta de entrada e longa lista de espera.

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