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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Amianto matará mais de 1 milhão no mundo até 2030



Especialistas em saúde pública lançam um alerta para um grande aumento no número de mortes nas próximas duas décadas devido ao uso do amianto, material usado indústria da construção civil, principalmente nos países em desenvolvimento. O Consórcio de Jornalistas Investigativos e a BBC de Londres fizeram uma investigação e chegaram ao numerário de mais de 1 milhão de pessoas podem morrer até 2030 devido a doenças ligadas à substância.

O Brasil por exemplo tem um consumo de amianto 50 vezes maior que os Estados Unidos, é o quinto maior consumidor do produto em uma lista onde a China, Índia e Rússia são os líderes. A fibra natural, amianto presente em minas, é resistente ao fogo e ao calor é barato, quando é misturado ao cimento para construção de telhas e pisos. O uso da substância já é proibido ou restrito em 52 países, pois soltam fragmentos microscópicos no ar que podem provocar várias doenças pulmonares quando inaladas além de alguns tipos de câncer. A investigação indicou que a produção de amianto continua sendo produzida na ordem de dois milhões de toneladas.

O amianto movimenta bilhões de dólares, sobretudo com exportações para países em desenvolvimento, onde as leis de proteção e a fiscalização são mais brandas. Apesar da proibição ao uso, uma variação da substância conhecida como amianto branco é produzida e exportada para diversos países. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), mesmo o amianto branco pode provocar câncer. Um grupo de cientistas temem que a disseminação do amianto branco possa prolongar mais uma epidemia de doenças relacionadas à substância. Anda segundo a OMS, 125 milhões de pessoas convivem com amianto no trabalho. A (OIT) Organização Internacional do Trabalho estima que 100 mil trabalhadores morram por ano devido a doenças causadas pelo amianto.

Nos Estados Unidos da América, a indústria da construção civil não se utiliza de mais nenhum tipo de amianto. Porém, a o número de mortes por causa do uso da substância está chegando ao alto nível, por causa do longo período em que a doença ainda pode se manifestar. No México, são mais de 2 mil empresas que se utilizam do amianto em diversos produtos, exemplo aquecedores, freios, canos, tetos e cabos. Estima-se que mais de 8 mil trabalhadores têm contato direto com a substância. O Canadá, um dos maiores produtores e exportadores mundiais de amianto branco , proíbe seu uso no país. Foto> mina de amianto. (Francisco Martins)

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