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quinta-feira, 25 de junho de 2009

Francês fake chega ao Brasil

Chris Marker é apenas um operador de máquina fotográfica; transita entre o fake e o contraditório. É um sujeito idolatrado por sua ausência e não por trabalhos relevantes.

Fotógrafo e cineasta ermitão, o francês Christian François Bouche-Villeneuve,88, não sabe o que é modéstia e fala pelos cotovelos. Isso porque se diz um cara averso à entrevista, mas fala por duas ou três horas consecutivas. Realmente, Chris Marker, o pseudônimo que escolheu para se esconder atrás de óculos, bonés e janelas com insufilmes, nada mais é do que o estilo de marketing que ele escolheu. E para o bem dos verdadeiros fotógrafos daquele pais como Cartier-Bresson, ainda bem que ele mesmo não se considera como tal. Não gosta de ser fotografado, e sua imagem mais conhecida é através do sorriso de um gato chamado Guillaume, publicado em tiras de jornais franceses. Algumas retrospectivas vem sendo feitas, e ele também reclama das homengnes. Para o Brasil, algumas mostras estão programadas para julho "Bricoleur Multimídia" no CCBB {de 25/06 a 5/7} e no MIS, ambos em São Paulo. Segundo fontes, no CCBB serão apresentados 33 filmes e no MIS 200 fotografias feitas entre 1952 e 2000.


A reclusão do francês é faz dele uma pessoa não famosa, mas misteriosa e discutida quanto seu modo de viver. Suas atitudes transitam entre o lacônico, ierrverente; sua pucas declarações são milimétricamente pensadas para gerar polêmica. Se perguntado como se mantém informado ele logo responde que " mantenho-me informado pelo canal de TV Aljazeera", uma forma de provocar uma réplica. Chris também não se considera um cineasta, mas já arrebatou o prêmio Urso de Ouro, em Berlim, Alemanha, pelo filme " Descrição de um Combate, de 1960. Teve seu momento importante com o cineasta Aalin Resnais e Jean-Luc Godard. O seu curta-metragem La Jetée, inspirou Os 12 Macacos, de Terry Gilliam. Filmou "Balada Berlinense" 1990; Gato Escutando Música", 1990, entre outros. Seja no cinema ou seja na fotografia, apesar de alguns catalogarem como um sujeito inventivo, na verdade seus trabalhos soam fake, falso. Como falsa e marqueteiro barato é sua forma de ser contra tudo. "Essas mostras são abusivas e absurdas", diz Marker. O fato é que se ele pensasse ao contrário disso, ninguém, a não ser muito bem pago aceitaria seu trabalho, haja vista que não tem nenhum atrativo, novidade em ângulos ou estética fotográfica.

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