Páginas

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Sílvio 'braghettone' Berlusconi

Primeiro-minsitro italiano tem acesso de puritanismo e ordena que obras de arte com teor de nudez sejam cobertas. A verdade nua e crua de Berlusconi.

ROMA – 10 DE AGOSTO [AgênciaFM ] - Ultimamente nada parece dar certo na Itália, o lixo está por toda parte de Nápoles. Na Catânia a cidade está às escuras por falta de pagamento da conta de luz. Em Turim, Milão e Roma, os turistas foram tomados de assalto por milhares de soldados encarregados de proteger os tesouros histórico do país. Mais parecia uma rua de Beirute. Para piorar, a economia parou de crescer e o consumo idem. A inflação está de vento em popa enquanto a produção industrial despencou. A corrupção já voltou a patamares altissimo, e o governo cada dia inventa uma taxa para tirar dinheiro do contribuinte para tentar salvar a empresa aérea Alitália. Tudo que a Itália está passando com a gestão de Sílvio Berlusconi, o primeiro-ministro, o país não agüentaria mais cinco anos. Porém, a Itália não merece o castigo, mas os italianos que votaram nele pela segunda vez, terão de suportar o buffone.

Faça o que digo...
Pela primeira vez um símbolo do país, o vinho, sai de fábrica agora em caixas de papelão como se fosse um suco de terceira. Mas, o fato que mais vem chamando atenção não só da Itália, mas da Europa, é a censura a monumentos artísticos. Na primeira semana de agosto uma forma de censura grosseira fora cometida. A tela Verità { Verdade}, obra de Giovanni Battista Tiepolo [séc. XVIII] exposta no Palácio Chigi, teve os seios cobertos pelo prefeito de Roma, Gianni Alemanno, a mando de Berlusconi. Apesar de ter sido naquele momento divertido o ato cometido pelo premier foi demagógico e patético. Segundo os assessores de Berlusconi, a finalidade ao cobrir o seio arredondado de a Verdade foi: Berlusconi dá muitas entrevistas no Palácio de Chigi, sede do governo, e ao ser fotografado em frente a obra, ela pairava como uma auréola sobre a cabeça do premier. Para felicidade do autor, onde quer que esteja, trata-se de uma réplica feita sob encomenda pelo próprio primeiro-ministro, que muito a admira. Porém, não o suficiente para poupá-la de adulteração. A original está intocada no museu de Vicenza.
Os atos cometidos contra à arte pelo premier Berlusconi, que nem de longe é pudico, e isso pode ser atestado assistindo os programas de sua rede de televisão onde mantém mulheres peladas, ou ele mesmo em um dos seus sítios. Suas conversas sexuais ao telefone com a ex-Miss Itália Mara Carfagno,34, ministra da Igualdade, que foram grampeadas pela policia, são de arrepiar. Pândego, [aliás, filme visto no Brasil], são muitos os complexos de inferioridade de Berlusconi, e segundo seus desafetos, não se mede sua inferioridade somente em tamanho, mas também em fios de cabelos etc... [falei cabelos!]. O acontecido com a tela Verità poderá se estender a estátua de Davi, também de Michelangelo. Aliás, o episódio rendeu a Berlusconi mais um adjetivo: braghettone [cuecão em italiano]. O apelido foi primeiramente ofertado a um pintor de terceira categoria, Daniele Volterra, quando de um acesso de puritanismo dos italianos contra as obras de Michelangelo na Capela Sistina. O Vaticano solicitou a vários artistas que cobrissem os anjos nus na capela, e todos se recusaram realizar o serviço. Eis que Volterra, pintor e escultor topou. Devido sua proeza e atrevimento de cobrir os afrescos, recebeu o apelido de braghettone , como o é conhecido do cemitério aos dias atuais. Na obra, Verità a mentira é representada por um idoso que fecha os olhos a verdade. Isso dá munição para os ataques e põe sob suspeição o gabinete do políticos ao multi-milionário Sílvio Berlusconi. [Frank London – Especial para Agência FM ]

Nenhum comentário: